Este Blog conterá a história de minha família, bem como narrações de fatos pitorescos e interessantes ocorridos pelas gerações. Famílias: Addeu e Miorin (famílias ascendentes: Addeo, Naddeo, Nadeu, Sabbeta, Corsini, Bacete, Doratiotto, Visentin, Gaeta, e outras). Acima estão as montanhas de pedras brancas dolomíticas. Maravilha do norte da Itália. Se quiser falar comigo, abaixo das postagens, clique em comentário e deixe sua mensagem.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

La Ligrie, L'Allegrie e o LADINO

No Norte da Itália, além do idioma italiano e seus respectivos dialetos, também há um outro idioma utilizado, de origem muito antiga, chamado LADINO. Note que o LADINO, não é uma variante do italiano e nem um dialéto, mas um idioma próprio.

O LADINO (ladino em italiano, ladin em ladino, ladinisch em alemão) é uma língua reto-românica falado por 55.000 pessoas nas montanhas dos Alpes Dolomíticos da Itália entre as Regiões do Trentino-Alto Ádige e do Vêneto. Porém é língua oficial nas Províncias autônomas de Bolzano e Trento.

Dou um exemplo da língua ladina:

A Oração “Pai Nosso” em Ladino: “Pere nost, Che t’ies em ciel, al sie santifiché ti inom, al vegne ti regn, sia fata tia volonté, coche en ciel enscì en terá.”

A Oração “Pai Nosso” em Latim: "Pater noster, qui es in caelis: sanctificetur Nomen Tuum; adveniat Regnum Tuum; fiat voluntas Tua, sicut in caelo, et in terra."

A Oração “Pai Nosso” em Italiano: “Padre nostro che sei nei cieli, sia santificato il tuo Nome, venga il tuo Regno, sia fatta la tua Volontà come in cielo così in terra.”

Para poder explicar melhor recorremos à “Wikipédia, a enciclopédia livre” na internet.

Depois da caída do Império Romano, o idioma Ladino – que era falado em todo o arco alpino da Récia Romana - foi perdendo terreno frente às invasões bárbaras. Para o ano 1000, o ladino estava reduzido nas áreas do atual Alto- Ádige. Atualmente se encontra consolidado ao redor dos Alpes Dolomíticos e regiões vizinhas.

Tem que ser anotado que o LADINO também tem suas variações de conformidade com o local que é falado. Entre as variantes a mais notável é o Ladino Dolomítico, falada fluentemente em Val di Fassa (Trentino), Val Gardena, Val Badia, Marebbe (Alto Ádige) e Livinallongo, Colle e Ampezzo (Vêneto). Esses territórios que pertenceram à MONARQUIA DOS HABSBURGOS até 1918, constituem o chamado Laden.

Em Vêneto, para além da área Ampezzo inquestionavelmente ladino, a língua é falada no Cadore e Comelico sob a forma de LADINO CADORE, reconhecido como tal, embora por razões históricas e políticas nesta área é por vezes ignorado com relação ao ex-Laden território adjacente Austro-Húngaro, onde o impulso para o reconhecimento de minoria étnica e linguística tem sido historicamente mais forte.

No oeste do Trentino em vez disso, Val di Nom, Val di Sole, Val di Peio e Val di Rabbi, são dialetos comuns de Ladin indubitávelmente, mas atualmente não é politicamente reconhecido como tal, e o seu desenvolvimento têm uma forte influência da Lombardia. Estes dialetos são também referidos LADINIANO ANAUNICO.

Fonte: http://it.wikipedia.org/wiki/Lingua_ladina

LA LIGRIE (canção tradicional friulana em LADINO)

E la ligrie 'e jè dai zòvins (3 v.)
e nò dai vécjos nò dai vécjos maridaz.

Le an piardùde biel lant a messe (3 v.)
e in chè di e in chè di che son sposaz.

Rit. Ciribiribin doman l'é festa
ciribiribin non si lavora
ciribiribin g'ho l'amorosa
ciribiribin d'andà a trovar.

E cjolmi me, cjolmi ninine (3 v.)
che jo ti doi di mangjâ bem.

http://www.musicamedia.it/68allegrie.htm

TRADUÇÃO PARA O ITALIANO:

E l'allegria la vien dai giovani (3 v.)
e no dai vecchi no dai vecchi già sposa'.

E l'han perduta andando a messa (3 v.)
e da quel dì e da quel dì che son sposa'.

Rit. Ciribiribin doman l'é festa
ciribiribin non si lavora
ciribiribin g'ho l'amorosa
ciribiribin d'andà a trovar.

E prendi me, o mia ninina (3 v.)
che io ti dò da mangiar dò da mangiar ben.

http://www.youtube.com/watch?v=WNkD9V2-KOQ

http://www.youtube.com/watch?v=wCSIdQpSTeM

TRADUÇÃO PARA O PORTUGUES:

E a alegria vem dos jovens
e não dos velhos, não dos velhos casados.

E eles perderam indo à missa
Aquele dia, aquele dia em que iam casar.

Ciribiribin amanhã é a festa
Ciribiribin não se trabalha
Ciribiribin Eu tenho o amor
Ciribiribin para encontrar.

E leve-me, ó minha menina
que eu dou eu dou de comer, de comer bem.


Crédito da foto do mapa acima:
http://www.portalveneza.com.br/

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O Reino de Nápoles


Do Norte da Itália vieram meus ascendentes de sobrenome Miorin e Doratiotto (Região do Vêneto). Também tenho parentes que vieram da Região de Friuli Venezia Giulia (ainda Norte da Itália).

Porém do meu lado paterno, a familia antiquíssima e medieval dos Donaddeo, depois deu origem a dois ramos gigantes e tradicionais: Os Naddeo (depois: Nadeo; e depois já no Brasil: Nadeu); e os Addeo (que no Brasil se dividiu em outros dois grandes grupos: Addeo e Addeu). Sou descendente tanto dos Nadeu quanto dos Addeu - parentes entre sí do grande grupo familiar medieval Donaddeo. Esta parte familiar pertenceu ao sul da Itália ao Grande Reino de Nápoles.

O Reino de Nápoles foi na Idade Média um Reino riquíssimo e de vasto Império, sabendo-se que o Rei de Nápoles, sendo muito católico, dava grandes somas de dinheiro como donativo para as Cruzadas.

O Reino de Nápoles foi um Estado que existiu, com alguns intervalos, do século XIII ao século XIX, cujo território abrangia as atuais regiões italianas da Campânia, Calábria, Puglia, Abruzzo, Molise, Basilicata, e alguns territórios do atual Lácio (Gaeta, Cassino, e áreas atualmente na província de Rieti, como Cittaducalle, Amatrice, Cicolano, etc.)

(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_de_N%C3%A1poles

Teve origem na antiga cidade grega de Neapolis. Foi conquistada pelos romanos no século IV AC. No século VI, passou para domínio bizantino e, no século VIII, constituiu-se em ducado independente. Em 1139, passou a pertencer ao Reino da Sicilia. A universidade foi fundada em 1224. Passou a ser, no final do século XIII, a capital do reino. Em 1282, passou para a coroa de Aragão, sendo denominado Reino de Nápoles. No século XVIII, passou a ser independente, sendo anexado ao Reino da Sardenha em 1860 e ao da Itália em 1861. Nessa cidade, nasceram os Papas: Bonifácio V, Urbano VI, Bonifácio IX, Paulo IV, e Inocêncio XII.

Localizada no golfo de Nápoles, no Mar Tirreno, é um porto de grande importância e o principal centro industrial e comercial do sul do país. É, também, um centro turístico pois nos seus subúrbios localizam-se vários locais de interesse: o vulcão do monte Vesúvio, as ruínas de Pompéia e de Herculano e as ilhas de Capri e de Ischia. O seu centro histórico foi declarado patrimônio mundial pela UNESCO.

Nápoles, nos dias de hoje, é reputada como sendo uma das cidades mais perigosas da Europa, por causa de sua elevada taxa de pobreza (32%) e a elevada taxa de criminalidade e desemprego. Todos os anos, ocorrem centenas de mortes causa das guerras de clãs dentro da máfia local, a Camorra.

http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%A1poles

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A música daquela época


Falei do aspecto religioso da histórica Itália, porém outros aspectos enriqueceram o passado histórico: as artes.

Inegável que a Itália foi o berço da música. Grandes maestros foram estudar música na Itália para depois tocarem na Corte da França, Áustria, etc.

Entre tantos grandes músicos italianos, vou mencionar um da terra de meus bisavós: Vivaldi.

Li uma história de que pelos idos anos de 1700 um talentoso músico italiano, soube do prodígio “Vivaldi” e quiz ver com seus próprios olhos quem era esse violinista do qual todos falavam. Ao chegar na Região do Vêneto, assistiu um concerto onde Vivaldi demonstrou sua arte. Dizem que o tal músico ficou tão admirado pela perfeição com que Vivaldi, com seu arco, atacava as cordas que achou melhor entrar na escola de música novamente.

Depois de sua morte, Vivaldi ficou esquecido por 100 anos, mas depois estudantes o re-descobriram ao estudar os grandes músicos que copiaram algumas musicas suas, entre eles: Bach.

Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 4 de março de 1678 – Viena, 28 de julho de 1741), compositor veneziano do estilo barroco. Era conhecido como il prete rosso (o padre ruivo), por ser um sacerdote de cabelos ruivos. Era o mais velho de sete irmãos. Ingressou no seminário aos 15 anos de idade, foi ordenado em 23/09/1703. Mas posteriormente foi dispensado de rezar missa por problemas de saúde e então passou a se dedicar inteiramente para a música.

Seu pai, Giovanni Battista Vivaldi, violinista, ensinou-lhe os segredos da música e assim tornou-se um excepcional virtuose, a ponto de substituí-lo, na orquestra da Capela Ducal de São Marcos.

Antonio Vivaldi se dedicou ao ensino de violino num orfanato de moças chamado Ospedale della Pietá em Veneza, uma instituição exclusivamente feminina com excelente reputação artística, criada para acolher jovens órfãs ilegítimas. Além de organizar concertos beneficentes, Vivaldi preparava as jovens para carreira de professoras de música, canto e prática instrumental. Algumas órfãs mais bem dotadas para a música, formaram uma orquestra. Os visitantes se surpreendiam ao ver mocinhas tocando instrumentos "insólitos", como clarineta e oboé.

Pouco tempo após a sua iniciação nestas novas funções, as crianças ganharam-lhe apreço e estima; Vivaldi compôs para elas a maioria dos seus concertos, cantatas e músicas sagradas.

Não faltaram más línguas que pudessem difama-lo com insinuações maliciosas com as moças, porém nada nunca foi provado. Vivaldi era um padre que tinha problemas de saúde, e Anna Giraud, uma das discípulas que ficou famosa como contralto, estrelando suas óperas em turnês pela Europa (Roma, Amsterdã, Praga, Viena) durante 14 anos, tinha reputação de mulher séria e não a de quem se envolve em ligações consideradas escandalosas para a época. No entanto, a maioria dos biógrafos de Vivaldi insinua um caso amoroso entre os dois.

Compôs 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas. A mais conhecida da série de concertos para violino e orquestra é Le quattro stagioni ("As Quatro Estações").

No auge de sua fama, Vivaldi mudou-se para Viena, para trabalhar na corte do rei, mas este morreu antes de sua chegada. Um ano depois, em 28 de julho de 1741, sofrendo de uma “inflamação interna”, Vivaldi morre na casa da família Satler, que o acolhera.

Vivaldi, tal como muitos outros compositores da época, terminou sua vida em pobreza. Encontra-se sepultado na Universidade Tecnológica de Viena, na Áustria. Foi-lhe dada uma sepultura anônima de pobre. Porém na Catedral de St. Etienne foi rezada uma missa de réquiem, onde um dos cantores foi o, então muito jovem, Joseph Haydn.

Sua música viria a cair no esquecimento até os anos de 1900, quando é re-descoberta.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Formação religiosa de meus ancestrais e os Licores


Ao escrever a história de minha família, muitas vezes, me vejo na obrigação de descrever também o lugar e a época, o ambiente e os costumes, nos quais viveram nossos antepassados, pois tudo isso ajuda a formar uma visão mais completa. A busca de livros idôneos, as músicas de época, a indumentária, o dia-a-dia, os fatos históricos, sempre foi minha preocupação. Minha biblioteca tem livros muito bons que adquiri ao longo de minha vida, e que foi composta por uma meticulosa, insistente e interminável busca.

Um dos fatores que muito me ajudou a entender os costumes e certos hábitos de pessoas mais antigas de minha família, foi o tipo de formação religiosa que tiveram.

Também, não é de se admirar que tivessem uma admirável conduta Católica, pois toda a Itália estava repleta de Santos do maior quilate.

Começamos pelo Grande São Francisco de Assis. O mundo se maravilhou com seus ensinamentos e que perduram até os nossos dias. Sem contar Santa Clara, que enfrentou um ataque de mouros carregando consigo o Santíssimo Sacramento, obtendo a retirada do inimigo. E ao pronunciar seu santo nome os lobos se afastavam das cidades.

Muito de fala em ataque de lobos, que havia aos montes nas florestas da Itália. Também bem ao norte havia ursos. Contam as crônicas que os homens se reuniam para ir caçar ursos. Para que fossem protegidos do frio da neve, suas esposas ou namoradas preparavam um licor a base de amêndoas, para que levassem consigo e bebessem enquanto caçavam os ursos. E como era feito com amor, tinha o sabor muito aveludado, esse licor ficou sendo conhecido por “amaretto”, e por que era na época de inverno e de caça aos ursos, ficou sendo conhecido como “Amaretto dell’Orso” – licor esse muito apreciado até os dias de hoje. Uma versão do licor menos aveludada e mais forte era conhecida como “Amaretto DiSaronno”.

Entre licores e Santos... que passado abençoado....

Natural da Espanha e extremamente inteligente, de uma força apostólica enorme, viajou por todo o Norte da Itália, convertendo muitas pessoas até Roma: Santo Inácio de Loyola. Sua atuação apostólica na Itália foi tão grande e benéfica que chegou a ser odiado até a morte por homens revolucionários e sua grandiosa Companhia de Jesus foi muito perseguida pelos maus.

Até de Portugal veio um grande santo fazer de Padova sua morada, tanto que sendo Santo Antonio de Lisboa, passou a ser conhecido como Santo Antonio de Pádua. Na cidade de Padova (ou Pádua) há uma igreja lindíssima com as relíquias deste grande santo.

Deixei para o final deste artigo o mais importante. Não importante pela santidade por que santidade não se compara, mas pela importância de sua vocação. Sendo Patriarca na cidade de Veneza, Giuseppe Melchiorre Sarto foi eleito o Chefe Supremo da Igreja: O Papa São Pio X, tão próximo de nossa época, nos deixando encíclicas e documentos importantíssimos.

Não posso numerar aqui a quantidade de Santos que, de Norte a Sul da Itália, enriqueceram a história italiana, pois são muitos. Citei apenas alguns que se destacaram de forma extraordinariamente bela e grandiosa no curso da História da Itália e que de certa forma, direta ou indiretamente, contribuíram para a formação dos nossos ancestrais. Pois o ambiente é formado pelos homens de sua época.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Origem dos dialetos italianos

Quando minha mãe começou estudar alemão, fiquei impressionado ao ver a facilidade com que ela aprendia e progredia no seu estudo do idioma germânico. Bem depois, quando comecei a estudar a história de minha família, é que eu entendi a grande influência da Alemanha e mais especialmente da Áustria no Norte da Itália, bem como a inclusão das terras do Sul do Tirol no Norte da Itália. Meu bisavô tinha olhos azuis bem claros e meu avô materno, os olhos verdes escuros. Quando falavam entre sí, inclusíve com minha bisavó, o dialeto de Vêneto era bem presente.

O dialeto vêneto pode ser diferenciado do italiano veneziano, o dialeto do italiano influenciado pelas características venezianas locais, que também é falado na região. (Veneza é a Capital do Vêneto) Compare:

Vêneto: Marco el xe drio rivar ("Marco está chegando")
Italiano veneziano: Marco (el) sta rivando
Italiano padrão: Marco sta arrivando

Muitas regiões italianas já tiveram um substrato lingüístico diferente antes da conquista da Itália pelos romanos: o norte da Itália tinha um substrato celta (essa parte da Itália era conhecida como Gália Cisalpina, "Gália desse lado dos Alpes"), o substrato Ligúrico, ou o substrato Vêneto. A Itália central tinha um substrato etrusco, e o sul da Itália tinha substratos itálicos e gregos.

Tudo isso começou uma diversificação no modo de falar o latim (a língua do Império Romano).

Devido à longa história de separação em pequenos Estados e a colonização por potências estrangeiras (especialmente França, Espanha e Áustria-Hungria) que a Itália sofreu entre a queda do Império Romano do Ocidente e a unificação italiana em 1861, foi uma ampla oportunidade para a diversidade lingüística.

Por outro lado, a expressão "dialetos italianos" é imprecisa visto que os dialetos não derivam do italiano padrão, mas diretamente do latim falado, frequentemente chamado de Latim vulgar: foi o italiano que foi derivado dos dialetos e não o sentido contrário.

http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_da_It%C3%A1lia

Pinturas de Veneza


Pintura da Praça de São Marcos - desconheço o autor. Fonte:
http://www.vamosparaitalia.com.br/veneza.html

"Na época romana o local começou a ser ocupado com pescadores (incola lacunae). No séc. XII tornou-se uma das mais importantes cidades europeias. A sua enorme frota comercial transportava mercadorias trazidas do Levante a partir de feitorias instaladas em Creta, Rodes e outras zonas. Tem o Evangelista São Marcos por padroeiro. Viu nascer papas como Gregório XII, pintores como Tintoretto, compositores como o Pe. António Vivaldi."

Franz Richard Unterberger (1638-1902)-'river Santo Barnaba'-oil on canvas


Giovanni Antonio Canal or Canaletto (1697-1738)-'return of the Bucintoro to the Molo on Ascension day-oil on canvas-1732 Windsor Castle-Royal collection

Carlo Grubacs (1801-1864)-'Basilica San Marco-oil on canvas-1849 Private collection

O texto acima e as fotos são do site:
http://viticodevagamundo.blogspot.com/2011_03_01_archive.html

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Luta contra Napoleão

Quando Napoleão Bonaparte invadiu a Itália, chegando a prender o próprio Papa, partiu para o sul e derrubando o Rei de Nápoles, colocou seu irmão José Bonaparte como ditador daquela cidade. Tanto no norte quanto no sul da Itália houve uma reação heróica contra o revolucionario Napoleão e seu irmão. É muito certo que minha família (tanto do lado materno - norte da Itália; quando do lado paterno, sul da Itália) estiveram nessa guerra contra Napoleão, pois não havia italiano que não defendesse sua pátria, sua família e sua religião Católica.

Assim, ficou registrado, muito resumidamente, no site do Portal da Mooca, em 17 de janeiro de 2009:
(http://www.portaldamooca.com.br/livro_leia_b4.htm)

Estudando as origens de minha família MIORIN e ADDEU pude constatar que elas tiveram larga participação na luta contra a Invasão de Napoleão na Itália. Napoleão prendeu o Papa e derrubou o Rei de Nápoles querendo ser um DITADOR da EUROPA INTEIRA. O Prof. Massimo Viglione, renomado historiador escreveu um livro onde pode-se ler:

“Pode-se, sem dúvida, falar em “Vandéia italiana”, sobretudo considerando o tema sob um prisma ideológico. A insurreição italiana não pode, infelizmente, invejar nada à Vandéia do ponto de vista do genocídio. Eu dou alguns exemplos que me vêm à memória: em Mondovì, foram massacrados a fio de espada 1500 mulheres e crianças em apenas uma hora de repressão, outras 1500 pessoas em Isernia, 2200 em Amantea, 9000 em San Severo, 4000 em Andria, sem contar os 10.000 mortos em Nápoles, no levante dos Lazzari, durante o qual os napolitanos foram queimados vivos nas suas próprias casas. No dia 22 de agosto de 1806, na igreja de São Lourenço, em Reggio Calábria, dezenas de mulheres, velhos e crianças, que tinham procurado refúgio nesse lugar sagrado, foram queimados “até o último”. Ninguém lhes propôs sequer a rendição ou sair para fora, como reconheceu em seu relatório um oficial de José Bonaparte. Na Abadia de Casamari, ainda no ano 1799, depois de serem hospedados pelos monges, os soldados napoleônicos entraram na igreja para pisar com os cavalos as hóstias consagradas. Quando os monges jogavam-se no chão tentando recuperá-las, os franceses golpeavam-nos com os sabres, primeiro cortando-lhes os dedos, e depois, assassinando-os. Um recente cálculo refere-se a pelo menos 200.000 italianos mortos em defesa da Civilização Cristã, embora quase ninguém o saiba. (...) Na maior parte dos casos, as reações eram de caráter popular e espontâneo, principalmente devido ao fato de que, ainda quando os nobres e o Clero tinham uma posição contrária à Revolução Francesa (...). Somente depois do levante da população, os nobres, e às vezes até os sacerdotes, passavam a comandar o movimento. Mas todas as classes sociais participavam das insurreições, sem nenhuma exclusão. Sobretudo o povo miúdo, um pouco menos a burguesia, embora também ela tenha aderido no fim. Em todo caso, tratou-se essencialmente de um “fenômeno de massa”. O Cardeal Ruffo, em sua empresa de reconquista do Reino de Nápoles: tendo desembarcado no dia 7 de fevereiro na Calábria à testa de sete homens, já no mês de abril vemo-lo chefiando milhares de voluntários. E no dia 13 de junho entra vitorioso em Nápoles, com um exército imenso, para derribar a República jacobina e restaurar os Bourbons. A cidade de Arezzo organiza em poucos dias um exército de 38.000 voluntários e reconquista o Grão Ducado da Toscana.(fonte: http://www.revolucao-contrarevolucao.com/verartigo.asp?id=21)"

(na foto acima: o Cardeal Ruffo que lideou os Italianos contra José Bonaparte)

Nomes de ruas de minha família

Eis algumas Ruas com nomes de minha família:

Rua Antônio Miorin
Cidade de Mairinque – Estado de São Paulo – Brasil
CEP: 18120-000

Alameda Antônio Miorin
Cidade de Valinhos – Bairro Vale do Itamaracá
São Paulo - Brasil
CEP: 13278-418

Rua Izidoro Miorin
Cidade de Santa Maria - Bairro: Passo D'Areia
Rio Grande do Sul
CEP: 97020-410

Veneza e as relíquias do apóstolo São Marcos

O lado materno de minha família, sobrenome Miorin, veio da Região do Vêneto (norte da Itália), cuja capital é Veneza. A cidade de minha família é Treviso. Veneza ou Venice (como lá todos falam) é também a terra do grande músico Vivaldi. Quando lá estive não pude deixar de ir na Basílica de San Marco e no seu interior, no altar, abracei o túmulo onde estão as relíquias do evangelista São Marcos.
A parte branca embaixo do altar é o túmulo onde se encontram as relíquias de São Marcos. (fotos da internet - desconheço o autor).

Mapa de Regiões da Itália




Mapa do relevo da Itália