Atribui-se a data de descobrimento do Brasil, a data de chegada da frota comandada por Pedro Álvares Cabral, aos 22 de abril de 1500.
A cidade de São Paulo, surgiu como missão jesuítica, em 25 de janeiro de 1554, graças ao trabalho incansável do Padre Manoel da Nóbrega e do Pe. José de Anchieta.
No dia 17 de agosto de 1556,começava o marco de uma grande história, era o surgimento da Moóca.
Como se pode ver, a história da Moóca, acompanhou a história de São Paulo e do Brasil.
Descendo do Planalto do Piratininga (primeiro nome de São Paulo), havia campos, florestas e indígenas que conheciam ou já tinham ouvido falar do Pe. José de Anchieta. Vi pinturas daquela região, e posso dizer que aquilo era simplesmente magnífico. Não era um matagal selvagem. Havia um clima ameno onde rios e vegetação se harmonizavam. Que lugar era esse? Futuramente chamou-se Moóca. Muitos falam sobre os vários significados da palavra indígena “Moóca”. Inclusive relacionadas a construção de casas. Mas na língua indígena, “oca” quer dizer “casa”, onde os índios moram. Quando uma “oca” é grande e bem feita é uma “Maior Oca” ou uma “Mor Oca” ou ainda abreviando, uma “Mó-Oca”. Não seria exata esta tradução de Moóca?
A palavra “mor” hoje em dia muito pouco usada, era muito utilizada há alguns anos atrás. O altar principal de uma igreja, era o maior dos outros altares laterais, por isso era chamado de “Altar-Mór”.
Quando uma Oca era mal construída, ou construída de qualquer jeito, era uma "Mal-Oca", ou "maloca".
Quando uma Oca era mal construída, ou construída de qualquer jeito, era uma "Mal-Oca", ou "maloca".
Ali naquele lugar, no ano de 1556 já haviam moradores brancos, encantados pela beleza da região, construindo suas primeiras casas. As tribos indígenas que havia naquela região eram Tupis-Guaranis, curiosos, observando seus novos vizinhos. Neste mesmo ano, houve um comunicado na governança de Santo André da Borda do Campo, sobre a necessidade da construção de uma ponte sobre o Rio Tameteai (hoje, Tamanduateí); nesse comunicado havia uma menção sobre a “Mó-Oca”.
Posteriormente, no ano de 1605, já havia grandes propriedades de terras naquela região, e uma delas era o Arraial de Nicolau Barreto, onde o Bandeirante Brás Cubas construiu a capela de Santo Antônio, mais tarde transferida para a Praça do Patriarca.
No ano de 1868, houve a instalação na Moóca, da Ferrovia São Paulo Railway (Estrada de Ferro Santos Jundiaí).
Assim, num breve resumo, essa é a Moóca. A Moóca cuja história remonta o início da história do Brasil, o início da história da Cidade de São Paulo...
A Moóca é um bairro tipicamente italiano na Capital de São Paulo. Mantém as tradições italianas, bem como criou um sotaque próprio, meio “italianado” denominado sotaque mooquense. Um bairro em grande ascensão, muito valorizado e cada vez crescendo mais, sem se esquecer de suas tradições.
Por falar em história, tenho uma boa novidade. Chegou em minhas mãos um livro espetacular: “ELES CHEGARAM... A SAGA DOS BARBULHO”, que narra a história da família Barbulho, da imigração italiana, contando também histórias da nossa São Paulo antiga. Confesso que é um livro de leitura obrigatória, imperdível. Seu autor é Euclydes Barbulho, um nome para ser lembrado na história da Moóca.
O futuro que une tradições. Foi através de minha prima Cristiane que acabei conhecendo esse grande amigo: Euclydes Barbulho. Esse nome não me era estranho, pois tanto meu avo João Addeu, quanto meu pai que também chamava-se Euclydes, já falavam nesse nome. Eu, que ainda era um jovem, apenas ouvia os dois conversarem, sem saber ao certo sobre o que seria. Anos mais tarde, o próprio Euclydes Barbulho me disse que havia trabalhado com meu avô João Addeu, na empresa Semer. Na Moóca as coisas são assim, as amizades se transmitem de pai para filho.
Euclydes Barbulho é Administrador de Empresas, palestrante, professor, e muito especialmente um grande escritor, entre tantos outros títulos que tem. Escreveu vários livros. Minha homenagem a esse grande amigo.
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