O Palazzo
Corsini al Parione é um dos
mais suntuosos palácios privados
de Florença, situando-se no nº 10
do homónimo Lungarno Corsini,
frente ao Rio Arno.
Os Corsini fixaram-se na
estagnada cena florentina do século XVII como
a mais rica família da cidade, depois dos Grão-Duques, naturalmente. Na
realidade, a origem da casa é florentiníssima, com uma ascendência iniciada na
Baixa Idade Média como
banqueiros, constelada por algumas importantes personagens como Santo André Corsini, Bispo de Fiesole no século XIV, e
caracterizada por uma riqueza cada vez mais crescente, graças ao rendimento do
Banco Corsini, sobretudo no estrangeiro, em particular na praça de Londres,
onde se tornou numa das mais importantes instituições financeiras da capital inglesa.
O patrimônio acumulado foi reinvestido em
numerosos terrenos, sobretudo nos Estados Pontifícios, por cuja magnanimidade
não tardou que chegasse o título de Marquês para
o chefe da família, mais tarde transformado em Príncipe pelo Papa Urbano VIII. Em 1740, Lorenzo Corsini foi eleito como
Papa Clemente XII, coroando uma ascensão social com a duração de séculos.
O Palazzo Corsini al Parione é o principal palácio da família Corsini em
Florença. No terreno onde foi erguido encontrava-se uma casa de Maquiavel (obtida, por via herditária, por
Maddalena, mãe de Bartolomeo Corsini, em 1650),
o Casino del Parione, com
parque, do Grão-Duque Fernando II de
Médici, erguido sobre casas confiscadas a Bindo Altoviti e adquirido pelos Corsini em 1649, e
outras propriedades adquiridas até 1728, entre as quais também se encontrava a
casa do advogado Tommaso Compagni.
Bartolomeo Corsini começou a construção do novo
palácio em 1656, inicialmente com o
contributo do arquiteto Alfonso Parigi o jovem, ao qual sucedeu, na década
seguinte, Ferdinando Tacca e
depois, de 1679 a 1683, Pierfrancesco Silvani: à intervenção deste último é
atribuído o projeto contemporâneo em forma de "u" e a singular
escadaria de forma helicoidal, documentada como tendo sido construída naqueles
anos. Depois da morte de Silvani (1685), sucedeu-lhe Antonio Maria Ferri, a
quem é devida grande parte do que se pode ver atualmente: os três corpos
articulados em torno dum pátio central, a escadaria monumental, a fachada com o
original vuoto na parte central. Típicos do período
tardo-barroco são os terraços no
último andar, decorados por estátuas e vasos em terracota. Algumas fontes
indicam certas datas da edificação: em 1687 foi
iniciado o lado do rio; em 1690,
a fachada; em 1699, o edifício
foi mencionado na Guida di Firenze de Raffaello del Bruno, entre outras. A
conclusão definitiva dos trabalhos só se deu, contudo, em 1737, embora nem todo o projeto tenha
sido executado: do Arno vê-se
como a fachada é assimétrica pela falta do corpo esquerdo em direção à Ponte allá Carraia. Também era
necessário aplanar uma nova estrada para criar um acesso monumental em direção
à cidade, através do corte da Via
del Parione até à Via della Vigna Nuova no sítio do Palazzo Rucellai.
O palácio assinalou a passagem do estilo meirista para o barroco em Florença: o usp dos
corpos avançados, o terraço central, as janelas com arcos elípticos, os áticos
com a balaustrada decorada por
vasos e estátuas, eram, todos eles, elementos então inéditos para Florença, os
quais seriam frequentemente copiados, sobretudo nos edifícios suburbanos como
as villas e os casini.
Interiores:
No andar térreo encontra-se uma graciosa gruta artificial, obra de Ferri
executada entre 1692 e 1698 com as contribuições do
estucador Carlo Marcellini e dos
pintores Rinaldo Botti e Alessandro Gherardini.
Do pátio central pode aceder-se à escadaria
helicoidal de Silvani e à escadaria monumental de Ferri. Esta última apresenta
uma decoração de estátuas neoclássicas e
é coroada pelas estátuas do Para
Clemente XII, no primeiro andar, e de Lorenzo Corsini, no segundo,
esculpida por Carlo Monaldi e
disposta por Ticciati em 1737.
Numerosos são as salas e salões ricos de afrescos,
decorações e tapeçarias originais. No andar nobre (piano nobile) abre-se
uma loggetta com afrescos executados entre 1650 e
1653 por Alessandro Rosi e Bartolomeo Neri. A pouca distância
está presente o majestoso Salão do Trono (Salone del Trono), de
grandiosas proporções e ricamente decorado, com colunas e lesenas ao longo das
paredes, com uma galeria superior de estátuas antigas e com bustos de vários
autores setecentistas colocados
sobre as portas e janelas. No teto encontra-se o afresco com a "Apoteose
da Casa Corsini" (Apoteosi di Casa Corsini), de Anton Domenico
Gabbiani e assistentes, de 1696: entre as cenas representadas,
duas figuras aladas levam um modelo do palácio até ao céu.
A sala seguinte é o Salão de Baile (Sala
da Ballo), com a abóbada pintada
por Alessandro Gherardini. As
salas que se seguem formam uma sucessão de preciosos ambientes, com pinturas
executadas, entre 1692 e 1700,
por Anton Domenico Gabbiani, Cosimo Ulivelli, Píer Dandini, Giovanni passanti, Rinaldo Botti,
Andréa Landini e Atanásio
Bimbacci, entre outros. Notáveis são, também, as portas e janelas.
O primeiro andar também hospeda vários
quadros, a chamada Galleria
Corsini, a mais importante coleção privada de arte em Florença, centrada na
pintura seiscentista e setecentista italiana
e européia, mas contendo, também, alguns interessantes testemunhos da arte
renascentista. A coleção foi começada por Dom Lorenzo Corsini, sobrinho do Papa
Clemente XII, em 1765.
Atualmente, o palácio, em parte ainda
habitado pelos Príncipes Corsini, é usado como sede de exposições e eventos
(como a Bienal de Antiguidades (Biennale di Antiquariato), anteriormente
hospedada no Palazzo Strozzi, podendo ser visitado.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Palazzo_Corsini_al_Parione
Olá bom dia... adorei este blog e as matérias que ele contém. Sou da família Corsini, minha avó se chamava Ozília Corsini, infelizmente já faleceu, veio a óbito em 2012 com 104 anos. Segundo ela seu pai veio da Itália ainda criança. Gostaria de saber de qual parte do Brasil vocês são!
ResponderExcluirMateus Corsini, somos de São Paulo
ResponderExcluirOi também sou da família Corsini e moro no Sul de Minas Gerais na Cidade de Lavras e estou admirada com o blog !!! Parabéns !!!
ResponderExcluirBoa tarde ,adorei estas informações . Também sou da Família Corsini .Segundo minha avó ,minha bisavó veio da Itália ainda menina. Como eles vieram parar aqui em Machado Minas Gerais não souberam explicar . Seu nome era Domenica Corsini .
ResponderExcluirBoa tarde . linda historia tambem sou da familia corsini meu avô se chamava ARLINDO CORSINI mas já faleceu , nos somos da cidade de Linhares interior do estado do Espirito Santo...
ResponderExcluirOi gostei bastante da sua postagem, tbm sou Corsini. Meus bisavós vieram de Pistoia, Florença e gostaria de saber se alguem mais sabe sobre eles durante o seculo 19 e do pq da vinda às Americas..
ResponderExcluirTem muita informação sobre nossos antepassados, só não estou tendo tempo de coordenar tudo. Tem um grupo dos Corsini no facebook.
ExcluirOi gostei bastante da sua postagem, tbm sou Corsini. Meus bisavós vieram de Pistoia, Florença e gostaria de saber se alguem mais sabe sobre eles durante o seculo 19 e do pq da vinda às Americas..
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