Escrever a história de uma família não é tarefa fácil, especialmente para mim que quase não tenho tempo livre. Mesmo assim estudei muito e reuni inúmeros depoimentos desde os mais antigos da família que tive contato, até os mais jovens. Reuni muitas fotos e documentos. Enfim, já se passaram muitos anos de pesquisa, estudo e organização de documentação familiar e histórica. Aos poucos estou conseguindo registrar o que há de mais importante. Acredito que se eu não fizesse esse trabalho, ninguém o faria, ao menos de forma tão completa, abrangendo a imensa árvore genealógica de meus avós paternos e maternos.
Tive notícia de que numa cidade do interior do Estado de São Paulo, estavam escrevendo a genealogia de minha família, mas apenas do lado materno de minha mãe. Não me consta de que tenham concluído o trabalho.
Tive conhecimento de que do lado paterno de meu pai, uma irmã de meu avô, também havia contratado uma pessoa para fazer o levantamento genealógico da família Addeo. Também não concluiu o trabalho, e essas pesquisas somente serviram para conversas familiares.
Então, vendo inacabados os trabalhos iniciados, tive a iniciativa de narrar a história inteira, desde a mais remota notícia de família. Acredito que escrever pequenos capítulos, narrando fatos pitorescos familiares, acompanhados dos acontecimentos da época, seria uma forma agradável de ler. Assim coloquei em prática.
Meu pai tinha o hábito de visitar seus parentes e os parentes de minha mãe, por isso tive contato com muita gente, tanto do lado paterno, quanto do lado materno. Cheguei a conhecer minha bisavó materna, com quem convivi durante nove anos. Meu bisavô materno me segurou no colo quando eu era pequeno. Tive um grande convívio com todos os meus avós.
De família muito numerosa, meus tios-avôs sempre me narravam acontecimentos históricos e familiares de sua juventude. Meus primos e primas, hoje espalhados pelo Brasil, Europa, Oriente Médio e Estados Unidos, sempre se reuniam, quando crianças, na casa de minha avó.
Assim, escrevendo o “livro da família”, que neste blog está reproduzido apenas uma pequena parcela, tenho a certeza de que vou trazer fatos que poucos conhecem e que tenho o dever de registrar.
Foi sugerido vários títulos ao livro, como “A Saga da Família”, “Os Imigrantes”, “Os heróis da tradição”... Mas, pelo fato dos nossos ancestrais serem profundamente muito católicos, e por isso lutaram, ganhando inúmeras homenagens, resolvi que seria mais adequado chamar o ramo familiar de “Ramo de Ouro” ou “Branche D’Or” (em francês) conforme consta na primeira postagem deste blog.