Este Blog conterá a história de minha família, bem como narrações de fatos pitorescos e interessantes ocorridos pelas gerações. Famílias: Addeu e Miorin (famílias ascendentes: Addeo, Naddeo, Nadeu, Sabbeta, Corsini, Bacete, Doratiotto, Visentin, Gaeta, e outras). Acima estão as montanhas de pedras brancas dolomíticas. Maravilha do norte da Itália. Se quiser falar comigo, abaixo das postagens, clique em comentário e deixe sua mensagem.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Minha História

Escrever a história de uma família não é tarefa fácil, especialmente para mim que quase não tenho tempo livre. Mesmo assim estudei muito e reuni inúmeros depoimentos desde os mais antigos da família que tive contato, até os mais jovens. Reuni muitas fotos e documentos. Enfim, já se passaram muitos anos de pesquisa, estudo e organização de documentação familiar e histórica. Aos poucos estou conseguindo registrar o que há de mais importante. Acredito que se eu não fizesse esse trabalho, ninguém o faria, ao menos de forma tão completa, abrangendo a imensa árvore genealógica de meus avós paternos e maternos.

Tive notícia de que numa cidade do interior do Estado de São Paulo, estavam escrevendo a genealogia de minha família, mas apenas do lado materno de minha mãe. Não me consta de que tenham concluído o trabalho.

Tive conhecimento de que do lado paterno de meu pai, uma irmã de meu avô, também havia contratado uma pessoa para fazer o levantamento genealógico da família Addeo. Também não concluiu o trabalho, e essas pesquisas somente serviram para conversas familiares.

Então, vendo inacabados os trabalhos iniciados, tive a iniciativa de narrar a história inteira, desde a mais remota notícia de família. Acredito que escrever pequenos capítulos, narrando fatos pitorescos familiares, acompanhados dos acontecimentos da época, seria uma forma agradável de ler. Assim coloquei em prática.

Meu pai tinha o hábito de visitar seus parentes e os parentes de minha mãe, por isso tive contato com muita gente, tanto do lado paterno, quanto do lado materno. Cheguei a conhecer minha bisavó materna, com quem convivi durante nove anos. Meu bisavô materno me segurou no colo quando eu era pequeno. Tive um grande convívio com todos os meus avós.

De família muito numerosa, meus tios-avôs sempre me narravam acontecimentos históricos e familiares de sua juventude. Meus primos e primas, hoje espalhados pelo Brasil, Europa, Oriente Médio e Estados Unidos, sempre se reuniam, quando crianças, na casa de minha avó.

Assim, escrevendo o “livro da família”, que neste blog está reproduzido apenas uma pequena parcela, tenho a certeza de que vou trazer fatos que poucos conhecem e que tenho o dever de registrar.

Foi sugerido vários títulos ao livro, como “A Saga da Família”, “Os Imigrantes”, “Os heróis da tradição”... Mas, pelo fato dos nossos ancestrais serem profundamente muito católicos, e por isso lutaram, ganhando inúmeras homenagens, resolvi que seria mais adequado chamar o ramo familiar de “Ramo de Ouro” ou “Branche D’Or” (em francês) conforme consta na primeira postagem deste blog.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Familias Balboni e Addeu - Lembranças

Ainda não falei sobre minha avó paterna, que pertencia à respeitada família paulistana. Meus avós paternos chamavam-se Zilda e João (da família dos Addeu). O pai de minha avó paterna Zilda, chamava-se Adelino e trabalhava em cargo de alta confiança no antigo Tribunal de Justiça de São Paulo. Faleceu quando minha avó era muito jovem. Zilda e seu irmão Jorge, ainda pequenos, ficaram sob os cuidados de sua mãe Alzira que conservara, por sua vez, uma educação esmerada herdada de sua mãe Dona Maria Gabriella. Infelizmente Alzira também faleceu logo, passando, os dois irmãos menores Zilda e Jorge, a morarem com suas irmãs mais velhas.

Em outra postagem falarei mais detalhadamente sobre esse assunto, apesar de já ter feito duas postagens sobre a antiga cidade de São Paulo:

http://branchedorfamilia.blogspot.com.br/2012/05/as-janelas-de-outrora.html

http://branchedorfamilia.blogspot.com.br/2012/03/o-burgo-de-antanho-e-marca-barbante.html

Quem me escreve, relembrando alguns fatos da época é minha prima Beth Balboni – hoje empresária de destaque no ramo dos eventos sociais e assessoria de imprensa:

http://bethbalboni.blogspot.com.br/

Descendente da Família Addeu, Beth Balboni (Elizabeth Paschoa Balboni) é filha de Milton Balboni e de Elisa Paschoa Balboni, neta de Luiza Addeu (casada com Humberto Balboni), bisneta de Paschoal Addeu (imigrante italiano, meu bisavô, falecido em 10/12/1951) e trineta de Francisco Addeu casado com Maria Baptista Fiorilla Addeu (meus triavós).

Seu irmão Hegberto Paschoa Balboni, atualmente é repórter cinematográfico.

[...]
Uma das lembranças boas que tenho da minha infância é das tardes de domingo quando, juntamente com meus pais e meus irmãos, íamos visitar a Tia Zilda e o Tio João.

O Tio João com aquela voz rouca, gorduchinho e sempre com uma carinha muito boa! Ele era bem engraçado e gostávamos muito das histórias dele.

A Tia Zilda aquela doçura de pessoa, sempre muito atenciosa, e depois de uma bate papo gostoso que acontecia nestas visitas, preparava um delicioso lanche da tarde. Me lembro até hoje do cheirinho do café fresco vindo da cozinha, da mesa posta com todo o carinho, com muita variedade, o café com leite quentinho, o pão fresquinho, bolo, o queijo prato em peça que cortávamos com o cortador de queijo, e a deliciosa conversa que continuava enquanto tomávamos café.

Quando eles se mudaram para a mesma rua que moravam você e sua família, ai a visita acabava se estendendo, pois acabávamos sempre indo até sua casa, conversar com seu pai, ver como estavam sua mãe, você e suas irmãs.
Nossa, estou aqui escrevendo e parece que retornam todos os aromas daquelas tardes, a felicidade de momentos simples, mas que nos deixavam gratificados e renovados na volta para casa.

Da mesma forma, sempre que sinto o cheiro de tinta a óleo para pintura de tela, imediatamente me remeto à casa dos Bastiglia, recordando das nossas visitas à família, do pé de goiaba que tinha entre a cozinha e o ateliê, de quando, mesmo sem ser alfabetizada ainda, ia lá para ter aulas de piano com o Roberto (ele tinha um método especial para crianças que ainda não tinham sido alfabetizadas).

Tudo isso me causa uma grande nostalgia, pois era um tempo em que éramos muito felizes na simplicidade das coisas. Muitos anos depois consegui perceber e valorizar que a verdadeira felicidade está nos momentos mais simples da vida, mas sempre acompanhados de pessoas muito especiais pra nós.

É uma pena que a vida atribulada, que a maioria de nós tem hoje, nos impeça de estreitar mais os contatos com nossos parentes. Cada um tomou seu rumo, o rumo que escolheu ou o que a vida acabou impondo.

As vezes eu e minha mãe nos perguntamos sobre o paradeiro de alguns familiares, mas por total falta de contato não temos como saber.
Mas...mesmo assim a vida segue.

Sua prima, Beth Balboni