Este Blog conterá a história de minha família, bem como narrações de fatos pitorescos e interessantes ocorridos pelas gerações. Famílias: Addeu e Miorin (famílias ascendentes: Addeo, Naddeo, Nadeu, Sabbeta, Corsini, Bacete, Doratiotto, Visentin, Gaeta, e outras). Acima estão as montanhas de pedras brancas dolomíticas. Maravilha do norte da Itália. Se quiser falar comigo, abaixo das postagens, clique em comentário e deixe sua mensagem.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Formação religiosa de meus ancestrais e os Licores


Ao escrever a história de minha família, muitas vezes, me vejo na obrigação de descrever também o lugar e a época, o ambiente e os costumes, nos quais viveram nossos antepassados, pois tudo isso ajuda a formar uma visão mais completa. A busca de livros idôneos, as músicas de época, a indumentária, o dia-a-dia, os fatos históricos, sempre foi minha preocupação. Minha biblioteca tem livros muito bons que adquiri ao longo de minha vida, e que foi composta por uma meticulosa, insistente e interminável busca.

Um dos fatores que muito me ajudou a entender os costumes e certos hábitos de pessoas mais antigas de minha família, foi o tipo de formação religiosa que tiveram.

Também, não é de se admirar que tivessem uma admirável conduta Católica, pois toda a Itália estava repleta de Santos do maior quilate.

Começamos pelo Grande São Francisco de Assis. O mundo se maravilhou com seus ensinamentos e que perduram até os nossos dias. Sem contar Santa Clara, que enfrentou um ataque de mouros carregando consigo o Santíssimo Sacramento, obtendo a retirada do inimigo. E ao pronunciar seu santo nome os lobos se afastavam das cidades.

Muito de fala em ataque de lobos, que havia aos montes nas florestas da Itália. Também bem ao norte havia ursos. Contam as crônicas que os homens se reuniam para ir caçar ursos. Para que fossem protegidos do frio da neve, suas esposas ou namoradas preparavam um licor a base de amêndoas, para que levassem consigo e bebessem enquanto caçavam os ursos. E como era feito com amor, tinha o sabor muito aveludado, esse licor ficou sendo conhecido por “amaretto”, e por que era na época de inverno e de caça aos ursos, ficou sendo conhecido como “Amaretto dell’Orso” – licor esse muito apreciado até os dias de hoje. Uma versão do licor menos aveludada e mais forte era conhecida como “Amaretto DiSaronno”.

Entre licores e Santos... que passado abençoado....

Natural da Espanha e extremamente inteligente, de uma força apostólica enorme, viajou por todo o Norte da Itália, convertendo muitas pessoas até Roma: Santo Inácio de Loyola. Sua atuação apostólica na Itália foi tão grande e benéfica que chegou a ser odiado até a morte por homens revolucionários e sua grandiosa Companhia de Jesus foi muito perseguida pelos maus.

Até de Portugal veio um grande santo fazer de Padova sua morada, tanto que sendo Santo Antonio de Lisboa, passou a ser conhecido como Santo Antonio de Pádua. Na cidade de Padova (ou Pádua) há uma igreja lindíssima com as relíquias deste grande santo.

Deixei para o final deste artigo o mais importante. Não importante pela santidade por que santidade não se compara, mas pela importância de sua vocação. Sendo Patriarca na cidade de Veneza, Giuseppe Melchiorre Sarto foi eleito o Chefe Supremo da Igreja: O Papa São Pio X, tão próximo de nossa época, nos deixando encíclicas e documentos importantíssimos.

Não posso numerar aqui a quantidade de Santos que, de Norte a Sul da Itália, enriqueceram a história italiana, pois são muitos. Citei apenas alguns que se destacaram de forma extraordinariamente bela e grandiosa no curso da História da Itália e que de certa forma, direta ou indiretamente, contribuíram para a formação dos nossos ancestrais. Pois o ambiente é formado pelos homens de sua época.

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