Depois de ter escrito sobre a Calábria e Nápoles, e depois de explicar a origem mais remota dos “Naddeo” e dos “Addeo” (ramos do tronco Donaddeo), cabe agora me deter na história mais recente, ou seja, no século XIX.
Vindos da Calábria, não se sabe com exatidão o período, mas presume-se que tenha sido no século XIX, em períodos diferentes, os dois ramos do tronco Donaddeo, migraram para Nápoles, por ser melhor a condição de vida nas províncias mais próximas do Rei. Quanto ao ramo dos “Naddeo”, apesar de espalharem-se por todos os arredores da grande Nápoles, um número considerável se estabeleceu na comuna de San Cipriano Picentino e outro grande grupo se estabeleceu na comuna de Pellezzano, ambas comunas da Província de Salerno, do Grande Reino de Nápoles. E era lá, em Pellezzano, que moravam Eráchio Naddeo e Gaetana Gaeta.
Cabe duas observações: 1) Eráchio que depois ficou sendo Erráquillo ou Eráquilo é nome grego, e o sobrenome Naddeo veio da Calábria – antiga cidade grega na Itália. Pode se presumir que há muitos séculos e séculos atrás, tenham se originado da mistura entre gregos, romanos e bizantinos. 2) Gaeta é o nome de uma cidade, mas já foi um Ducado em outras épocas (pertencente à hierárquica nobiliárquica de Nápoles). Quem nasce em Gaeta era Gaetano ou Gaetana. Curioso esse nome ser formado dessa forma: Gaetana Gaeta. Aqui no Brasil, Gaetano passou a ser chamado de Caetano.
Uma pequena palavra sobre o Ducado de Gaeta. Era um estado medieval chefiado por um Duque. Tudo começou no século IX, como uma comunidade local e começou a prosperar e a crescer tanto que se transformou num Grande Ducado independente. Quem quiser estudar sobre as famílias oriundas de Gaeta e a história da cidade deve consultar o CAIETANUS CODEX, uma coleção de cartas que preservaram o melhor de sua história com riquezas de detalhes.
Eráquilo Naddeo e Gaetana Gaeta tiveram três filhos nascidos na Itália: VINCENZO NADDEO, ROSINA NADDEO e GIACOMINA NADDEO, irmãos nascidos na comuna de Pellezzano, Província de Salerno, pertencente à Nápoles, na Região da Campânia. Quando chegaram no Brasil, esses filhos tinham, respectivamente, 12, 9 e 6 anos de idade, desembarcando no porto de Santos em São Paulo. Saíram de Nápoles em 28 de junho de 1898.
Por outro lado, descendente de uma das mais nobres famílias da Província de Florença (Região da Toscana) do século XIV, Alessandro Corsini era da família de Santo André Corsini. Família de Nobres e de Santos. (http://branchedorfamilia.blogspot.com.br/2012/04/avo-materna-de-minha-mae-e-santo-andre.html).
Conhecendo Martina Soave, da Região do Vêneto, resolveram se casar. Do Casamento de Alessandro Corsini e Martina Soave, nasceram vários filhos, e entre eles GIOVANNA CORSINI (CONHECIDA DEPOIS COMO JOANNA CORSINI.)
Esses são meus bisavós, pelo lado materno de minha mãe: Vincenzo Naddeo e Joanna Corsini que se casaram e no Brasil, por uma questão de pronuncia do idioma italiano, já se falava em Vicente Nadeu (ao invés de Vincenzo Naddeo) e Joanna Cuccini (ao invés de Giovanna ou Joanna Corsini). Pela diferença de idioma entre a Itália e o Brasil, os documentos mais antigos constam o nome original, mas os documentos recentes já constam escrito incorretamente, como se pronuncia.
A irmã de Vincenzo Naddeo, Jacomina Naddeo (o correto era, Giacomina Naddeo), que se estabeleceu em Potirendaba - uma cidade do interior do Estado de São Paulo, casou-se e teve cinco filhos: Orlando, Anna, Benvinda, Mafalda e Odília. De sua filha Anna, nasceram dois primos: um é médico; o outro, um estudioso e grande professor universitário. Não menciono os nomes deles para respeitar a privacidade da família. Mas fica aqui consignado minha admiração por esses primos distantes. Uma prima, chamada Neyde Nadeu, que conviveu toda sua juventude com a Tia Jacomina em Potirendaba, lembrou que além dos dois irmãos, a Tia Jacomina tinha também uma filha chamada Romilda, que faleceu mais ou menos com 30 anos de idade, e que apesar da diferença de idade eram grandes amigas (a Neyde e a Romilda).
Vicente Nadeu e Joanna tiveram vários filhos: Rosa (minha avó), Ana, Eráquilo (conhecido como Roque), Antonieta e Mário (o primeiro da direita na foto acima). Seus descendentes, meus primos e primas, são pessoas extraordinárias.
Vou parar por aqui, pela publicidade que a internet tem. No livro coloco os demais descendentes até seus bisnetos. Os detalhes mais ricos e bonitos dessa grande família, somente serão escritos no livro. Peço aos vários primos e primas, que continuem registrando os nascimentos e os feitos de nossa família. Um dia essas lembranças serão de grande importância. Saberão que a grandeza de uma pessoa ou de uma família, não é aquela que somente a mídia divulga ou realça. Há muito mais de riqueza histórica em famílias e pessoas ainda desconhecidas, do que as que a mídia transmite pelo seu interesse.
Explicação das fotos: 1) Vicente Nadeo (Vincenzo Naddeo); 2) Da esquerda para direita: Vicente Nadeo (Vincenzo Naddeo), Joanna Cuccini (Giovanna Corsini) e Mário Nadeu, filho do primeiro casal; 3) Vicente Nadeo já idoso.
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