Tenho falado da religiosidade dos imigrantes italianos que vieram ao Brasil, de sua postura monárquica e de seus costumes tradicionais. De fato, o grande historiador Dr. João Fábio Bertonha disse que:
No sul do país [Brasil], a presença majoritária de nativos da região do Vêneto criou uma identificação imediata entre “italiano” e católico. (Revista História Viva)
Passavam as guerras, passavam as Revoluções, mas o espírito religioso ainda continuava vivo na Europa. Somente uma guerra de porte mundial poderia acabar de vez com a antiga Europa. E essa guerra veio: A chamada “Grande Guerra” ou primeira guerra mundial. Houve uma profunda transformação nos Estados Europeus. A Prússia, um país soberano governado pelos Cavaleiros Teutônicos, que havia pressionado a Áustria a devolver Veneza aos italianos, foi dissolvida e seu território dividido entre os países vizinhos (Polônia, Lituânia, Rússia e Alemanha). O Tirol, onde Andréas Hofer, bravamente defendeu a Monarquia Austríaca – a Casa da Áustria, ficou dividida entre a Áustria e a Itália. Quando Mussolini assumiu o poder na Itália, ele proibiu as pessoas de terem em suas casas, quadros de Andréas Hofer – o que era muito comum na Itália do Norte.
Os imigrantes italianos que vieram ao Brasil antes de 1914 (Grande Guerra), ainda conservavam muito viva a Religião Católica em seus corações.
Minha irmã caçula, me deu de presente um livro, que gostei muito, chamado: “O Século de 1914 – Utopias, Guerras e Revoluções na Europa do século XX, de Dominique Venner – Editora Civiização”. Foi nesse livro que encontrei um texto muito esclarecedor:
Desde há muito tempo, escreveu Voltaire em 1751, que se podia considerar a Europa como uma espécie de Grande República, dividida em diversos Estados, uns monárquicos, outros mistos, mas compartilhando todos um fundo comum de religião, compartilhando todos uns mesmos princípios de direito público e de política desconhecidos nas outras partes do mundo. É em virtude desses princípios que as nações européias não reduzem à escravatura os prisioneiros, que respeitam os embaixadores dos seus inimigos e que concordam na sábia política de manter entre si um equilíbrio de poderes iguais. (Voltaire, introdução a Le Siècle de Louis XIV, 1751)
Essa civilização, que Voltaire traça assim uma definição parcial, conquanto esclarecedora, sobrevivera à Revolução Francesa e aos choques da modernidade ao longo de todo o século XIX. Foi destruída entre 1914 e 1918.
Graças a Deus, muitos de nossos parentes já estavam no Brasil, quando essa terrível Grande Guerra eclodiu.
Desde há muito tempo, escreveu Voltaire em 1751, que se podia considerar a Europa como uma espécie de Grande República, dividida em diversos Estados, uns monárquicos, outros mistos, mas compartilhando todos um fundo comum de religião, compartilhando todos uns mesmos princípios de direito público e de política desconhecidos nas outras partes do mundo. É em virtude desses princípios que as nações européias não reduzem à escravatura os prisioneiros, que respeitam os embaixadores dos seus inimigos e que concordam na sábia política de manter entre si um equilíbrio de poderes iguais. (Voltaire, introdução a Le Siècle de Louis XIV, 1751)
Essa civilização, que Voltaire traça assim uma definição parcial, conquanto esclarecedora, sobrevivera à Revolução Francesa e aos choques da modernidade ao longo de todo o século XIX. Foi destruída entre 1914 e 1918.
Graças a Deus, muitos de nossos parentes já estavam no Brasil, quando essa terrível Grande Guerra eclodiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário