Este Blog conterá a história de minha família, bem como narrações de fatos pitorescos e interessantes ocorridos pelas gerações. Famílias: Addeu e Miorin (famílias ascendentes: Addeo, Naddeo, Nadeu, Sabbeta, Corsini, Bacete, Doratiotto, Visentin, Gaeta, e outras). Acima estão as montanhas de pedras brancas dolomíticas. Maravilha do norte da Itália. Se quiser falar comigo, abaixo das postagens, clique em comentário e deixe sua mensagem.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Neyde Nadeu - uma homenagem

Dia 28 de maio de 2014, às 7:00’ horas, faleceu na cidade de São Paulo, Neyde Nadeu. A dor da perda é sempre dilacerante; muito mais forte quando amamos; indizível quando é de uma família de valor. E assim foi Neyde. Querida por todos, sempre dando bons conselhos, acolhendo a família sempre de braços abertos.

"É estranho e doloroso ver que, quem amamos já não está mais entre nós. A saudade vai aumentando cada vez mais e a lembrança que fica é sempre o sorriso." – Essas foram algumas das manifestações que colhi de alguns parentes por ocasião de seu passamento.

"Neyde sempre foi a mulher forte e digna. A mulher mais sincera, mais amiga... a grande educadora... Gostava de ouvir músicas italianas e assistia os programas da RAI (programa de televisão italiano)." - continuam manifestando os parentes.


Tenho escrito muito sobre a família Nadeu, que é o ramo materno de minha mãe. Tenho encontrado maravilhas para contar. A Neyde nos últimos anos de sua vida enviou várias contribuições para a história da família. Me escrevia sempre que podia. Era vontade dela ver a história escrita e incentivava essa iniciativa. Vejamos o que ela escreveu:

Euclydes, estou gostando de sua habilidade, pois pelos textos  que já li, estão maravilhosos, dignos de um grande escritor.  Fico feliz que tenha gostado do meu texto, pois é difícil retratar uma vida de 70 anos e  como lhe falei tem inúmeros detalhes, com o leiteiro que vinha com a cabra  e tomávamos o leite  na porta, meu  nono que adora e ia assistir às operas no Municipal, casamento  do tio Mario (ele era o meu xodó) gravado na minha memória, uma festona para a época , as viagens do meu pai  e minha mãe a Xavantes onde morava o tio Zé e por ai vai. Fico à disposição no que puder ajudar.

Não sei como andam as informações da Tia Catarina, que envolvem o tio Mario.  Mas eles tiveram quatro filhos, que você deve saber que são:Luiz Carlos Nadeu, Maria Lucia, Roberto Nadeu e Sonia.Escrevi o sobrenome dos homens porque eles também levarão o NADEU; para  outras gerações e pelo menos o Luiz Carlos tem filho homem, do Beto não me lembro se são mulheres ou homens, quase não tenho contato, mas isso é fácil de saber através  da Sonia, com quem  mais falamos, que mora com a Tia Catarina.   Tinha até pensado em mandar cópia do meu texto para a Sonia  ter uma idéia, mas achei meio temerário enviar sem consultar você e também não tenho certeza do que exatamente você quer.

Noutra ocasião, me escreveu falando mais da família:

Euclydes, como você mesmo disse, é muito difícil falarmos sobre nós mesmos. Vou tentar e você publique somente o que achar conveniente. Faça um resumo [...].

O que me lembro  e que eventualmente possa te interessar é:

Da união de Eraquillo Nadeu e Maria Priolli Nadeu, primeiro filho homem de Vicente Nadeu e Joanna Corsini, nasceram os filhos: Neyde, Nair, Neuza Maria  e Nilton/Nilce gêmeos. 

Lembro-me, da minha  infância, que éramos muitos humildes, mas muito dignos e  morávamos em uma casa  muito pequena mais cheia de muito amor. Éramos em doze pessoas, (nono, nona, Ana, Natal, papai, mamãe e meus irmãos). Lembro também que o fogão era  a lenha e sempre tinha  em cima dele, no teto, um varal de lingüiças feitas em casa para  que as mesmas  ficassem  defumadas. O macarrão, a pasta, também eram feitos em casa ou pela nona ou minha mãe, excelente cozinheira.

A nossa primeira geladeira, (isso há mais ou menos 60 anos atrás), era abastecida com pedras de gelo que eram deixadas no portão diariamente.  Televisão não existia na época. Tínhamos um rádio com uma caixa enorme e principalmente à noite nos reuníamos para  ouvi-lo, pois durante o dia todos trabalhavamos ou estudavamos. Não se jantava ou almoçava ouvindo rádio, ficávamos todos sentados à volta de uma mesa enorme: coisa inexistente hoje em dia.

Era a hora em que discutíamos todos os problemas do dia. A vida para nós naquela época era de muita dificuldade. O nono, papai e tio Mario trabalhavam na Prefeitura. Papai era fiscal, essa função hoje não existe mais.

Apesar  de tudo éramos  muito felizes, tínhamos muita união que até hoje, principalmente eu, faço de tudo para mantê-la,  pois hoje em dia com todo o  progresso e modernidade, fica difícil.  Alias isso é típico e bem próprio de família italiana.

Daquela época me lembro  que o nono  (eu era ainda muito jovenzinha), me levava  no carnaval  para ver o corso na Av. São João, era a gloria  para mim. Íamos de bonde, às vezes aberto ou outras no camarão (bonde fechado para quem não sabe). Também ficou registrado na minha memória que ele me levava sempre nos comícios. Ele me tinha sempre por perto e eu era a queridinha dele.

Final de ano, ou seja, Natal e Ano Novo eram aguardados com a maior pompa possível. Naquela época não existia a ceia. A  mesa era colocada  na hora do almoço e ficava montada o dia todo, com aquela comilança,  bem conhecida dos italianos e muito vinho. Voltando no tempo lembro que a tia Rosa* e tio Eugenio** sempre estavam, se não para o almoço era para o jantar. Vinham  também o pessoal de Ourinhos, Tio Zé e tia Antonietta como tambem  o pessoal de Potirendaba, tia Jacomina e filhos.    Natal para o papai sem a presença do tio Zé (pai da Zélia)    não era Natal e não tinha graça.

Nota do Blog: * e ** Tia Rosa e Tio Eugênio são os meus avós maternos, Rosa Nadeu era irmã do pai da Neyde (Eraquillo Nadeu, ou Tio Roque, como era conhecido)

Ainda me escreveu uma última vez, o qual também transcrevo:

Meus pais sempre foram muito trabalhadores e minha mãe um exemplo de mulher, uma avó maravilhosa, batalhadora que  trabalhava fora, cuidava da casa e dos filhos e fomos muito bem educados por ela, pena que Deus a levou muito cedo, 59 anos, quando já estávamos  com  uma situação bem definida, mas torno a repetir, foi muito feliz enquanto viveu. Não deixamos que faltasse nada a ela.

Quanto ao papai, após sua aposentadoria, muito jovem ainda, realizou o sonho da vida dele que era ter uma chácara. A principio com apenas uma casa de pau a pique e as plantações que ele fazia. A coisa que o deixava mais feliz era quando alguém ia passear lá, pois lá, para ele, era o paraíso. Com o passar do tempo, esse casebre virou uma boa casa, com todo conforto, piscina,  churrasqueira etc. Acabou ganhando o nome de “Recanto do Roque”*** (pois todos o conheciam como Roque). Esse lugar, que realmente era maravilhoso, desfrutamos de festas e reuniões memoráveis e inesquecíveis e que, infelizmente, pela falta da presença física, já não se repetem com a mesma intensidade. Em memória a ele, continuamos, na medida do possível, mantê-la ativa e, sempre que podemos, desfrutamos do lazer que ela proporciona e que é muito gostoso.

Nota do Blog: *** Nesse sítio uma vez meu Tio Roque pediu para eu acompanha-lo. Eu era muito pequeno ainda. Então fomos nós três: Eu, o Tio Roque e sua boníssima esposa Tia Maria. Esse fato merece uma postagem especial, pois muitas coisas boas aconteceram nos três dias em que passei com esses meus Tios-Avós maravilhosos.

Com trabalho e dedicação vencemos as dificuldades e hoje  vivemos um outro mundo, com conforto e modernidade. Eu, assim como meus irmãos estudamos, conseguimos trabalhar em boas empresas e, automaticamente, conseguimos vencer. Considero-me uma vitoriosa. Aposentei-me exercendo a função de secretária de diretoria na multinacional Alcan Alumínio do Brasil S. A. Hoje em dia aproveito o tempo com ginástica, hidro, pintura e afazeres manuais, que gosto muito. Viajei bastante. Adoro todos meus sobrinhos com a mesma intensidade.

Abraços, Neyde

sábado, 23 de maio de 2015

O Palácio da Família Corsini

O Palazzo Corsini al Parione é um dos mais suntuosos palácios privados de Florença, situando-se no nº 10 do homónimo Lungarno Corsini, frente ao Rio Arno.

Os Corsini fixaram-se na estagnada cena florentina do século XVII como a mais rica família da cidade, depois dos Grão-Duques, naturalmente. Na realidade, a origem da casa é florentiníssima, com uma ascendência iniciada na Baixa Idade Média como banqueiros, constelada por algumas importantes personagens como Santo André Corsini, Bispo de Fiesole no século XIV, e caracterizada por uma riqueza cada vez mais crescente, graças ao rendimento do Banco Corsini, sobretudo no estrangeiro, em particular na praça de Londres, onde se tornou numa das mais importantes instituições financeiras da capital inglesa. 

O patrimônio acumulado foi reinvestido em numerosos terrenos, sobretudo nos Estados Pontifícios, por cuja magnanimidade não tardou que chegasse o título de Marquês para o chefe da família, mais tarde transformado em Príncipe pelo Papa Urbano VIII. Em 1740, Lorenzo Corsini foi eleito como Papa Clemente XII, coroando uma ascensão social com a duração de séculos.

O Palazzo Corsini al Parione é o principal palácio da família Corsini em Florença. No terreno onde foi erguido encontrava-se uma casa de Maquiavel (obtida, por via herditária, por Maddalena, mãe de Bartolomeo Corsini, em 1650), o Casino del Parione, com parque, do Grão-Duque Fernando II de Médici, erguido sobre casas confiscadas a Bindo Altoviti e adquirido pelos Corsini em 1649, e outras propriedades adquiridas até 1728, entre as quais também se encontrava a casa do advogado Tommaso Compagni.


 Bartolomeo Corsini começou a construção do novo palácio em 1656, inicialmente com o contributo do arquiteto Alfonso Parigi o jovem, ao qual sucedeu, na década seguinte, Ferdinando Tacca e depois, de 1679 a 1683, Pierfrancesco Silvani: à intervenção deste último é atribuído o projeto contemporâneo em forma de "u" e a singular escadaria de forma helicoidal, documentada como tendo sido construída naqueles anos. Depois da morte de Silvani (1685), sucedeu-lhe Antonio Maria Ferri, a quem é devida grande parte do que se pode ver atualmente: os três corpos articulados em torno dum pátio central, a escadaria monumental, a fachada com o original vuoto na parte central. Típicos do período tardo-barroco são os terraços no último andar, decorados por estátuas e vasos em terracota. Algumas fontes indicam certas datas da edificação: em 1687 foi iniciado o lado do rio; em 1690, a fachada; em 1699, o edifício foi mencionado na Guida di Firenze de Raffaello del Bruno, entre outras. A conclusão definitiva dos trabalhos só se deu, contudo, em 1737, embora nem todo o projeto tenha sido executado: do Arno vê-se como a fachada é assimétrica pela falta do corpo esquerdo em direção à Ponte allá Carraia. Também era necessário aplanar uma nova estrada para criar um acesso monumental em direção à cidade, através do corte da Via del Parione até à Via della Vigna Nuova no sítio do Palazzo Rucellai.

Palazzo Corsini al Parione.
O palácio assinalou a passagem do estilo meirista para o barroco em Florença: o usp dos corpos avançados, o terraço central, as janelas com arcos elípticos, os áticos com a balaustrada decorada por vasos e estátuas, eram, todos eles, elementos então inéditos para Florença, os quais seriam frequentemente copiados, sobretudo nos edifícios suburbanos como as villas e os casini.

 

Interiores:

No andar térreo encontra-se uma graciosa gruta artificial, obra de Ferri executada entre 1692 e 1698 com as contribuições do estucador Carlo Marcellini e dos pintores Rinaldo Botti e Alessandro Gherardini.

Do pátio central pode aceder-se à escadaria helicoidal de Silvani e à escadaria monumental de Ferri. Esta última apresenta uma decoração de estátuas neoclássicas e é coroada pelas estátuas do Para Clemente XII, no primeiro andar, e de Lorenzo Corsini, no segundo, esculpida por Carlo Monaldi e disposta por Ticciati em 1737. 

Numerosos são as salas e salões ricos de afrescos, decorações e tapeçarias originais. No andar nobre (piano nobile) abre-se uma loggetta com afrescos executados entre 1650 e 1653 por Alessandro Rosi e Bartolomeo Neri. A pouca distância está presente o majestoso Salão do Trono (Salone del Trono), de grandiosas proporções e ricamente decorado, com colunas e lesenas ao longo das paredes, com uma galeria superior de estátuas antigas e com bustos de vários autores setecentistas colocados sobre as portas e janelas. No teto encontra-se o afresco com a "Apoteose da Casa Corsini" (Apoteosi di Casa Corsini), de Anton Domenico Gabbiani e assistentes, de 1696: entre as cenas representadas, duas figuras aladas levam um modelo do palácio até ao céu.

A sala seguinte é o Salão de Baile (Sala da Ballo), com a abóbada pintada por Alessandro Gherardini. As salas que se seguem formam uma sucessão de preciosos ambientes, com pinturas executadas, entre 1692 e 1700, por Anton Domenico Gabbiani, Cosimo Ulivelli, Píer Dandini, Giovanni passanti, Rinaldo Botti, Andréa Landini e Atanásio Bimbacci, entre outros. Notáveis são, também, as portas e janelas.

O primeiro andar também hospeda vários quadros, a chamada Galleria Corsini, a mais importante coleção privada de arte em Florença, centrada na pintura seiscentista e setecentista italiana e européia, mas contendo, também, alguns interessantes testemunhos da arte renascentista. A coleção foi começada por Dom Lorenzo Corsini, sobrinho do Papa Clemente XII, em 1765.

Atualmente, o palácio, em parte ainda habitado pelos Príncipes Corsini, é usado como sede de exposições e eventos (como a Bienal de Antiguidades (Biennale di Antiquariato), anteriormente hospedada no Palazzo Strozzi, podendo ser visitado.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Palazzo_Corsini_al_Parione

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Beatificada Maria Corsini – exemplo de família cristã

Os irmãos Rosa Nadeu (minha avó materna), Ana Nadeu, Eráquilo Nadeu (Tio Roque), Antonieta Nadeu e Mario Nadeu – infelizmente todos já falecidos, eram filhos de Vicente (Vincenzo) Naddeo e de Joanna Corsini. Assim, ao estudar o ramo materno de minha mãe acabo entrando num universo de maravilhas tanto do lado da Família Naddeo (atual Nadeu e variações), quanto do lado da Familia Corsini. Logo que fui informado sobre a Beatificação de Maria Corsini, pelo Papa João Paulo II, tratei de estudar o assunto para publicar aqui. Logo achei a postagem abaixo, transcrita do site: Acidigital. Vejamos o que consta:

Em meio a uma multidão de famílias, os esposos Luigi e Maria Corsini Beltrame Qattrocchi foram beatificados na Basílica de São Pedro, apesar das inclemências do clima.

Sua beatificação, sem dúvida alguma, ajudaria a relançar novamente os valores próprios de uma vida cristã, tão pisoteados por uma sociedade hedonista e uma cultura de morte, assim como também estaria sendo impulsionado o sentido cristão do matrimônio como caminho de santidade.

Maria Corsini nasceu em Florença em 24 de junho de 1881; enquanto Luigi Beltrame nasceu em Catânia em 12 de janeiro de 1880. Ambos se conheceram em Roma quando eram adolescentes e se casaram na basílica Santa Maria Maior em 25 de novembro de 1905.

Os dois foram criados no seio de uma família católica e desde pequenos praticaram fervorosamente sua fé, assistindo todos os domingos a Missa e participando dos sacramentos. Devido a este legado, decidiram criar a seus filhos nos princípios e valores da fé católica.

Em 1913, a jovem família atravessou um momento doloroso e bastante incerto quando a gravidez de Maria teve sérias complicações e os médicos prognosticavam não sobreviveria ao parto, e nem mesmo o bebê não nascido.

Ainda que os doutores manifestassem que o um aborto poderia salvar a vida de Maria, esta consultando a seu esposo decidiu confiar na proteção divina. E embora a gravidez tenha sido dura, tanto mãe como filho, milagrosamente, sobreviveram. Esta experiência levou toda a família a consolidar sua vida de fé e trabalhar duro por seus anseios de santidade.

Maria deu à luz a mais três crianças; seus dois filhos homens professaram o sacerdócio; Filippo é agora o Mons. Tarcísio da diocese de Roma (com 95 anos de idade) e Cesare é o P. Paolino (92 anos de idade), um monge trapense.

A filha mais velha, Enrichetta (com 87 anos de idade), a que sobreviveu a essa difícil gestação, constituiu um lar segundo o modelo de seus pais; enquanto que sua irmã Stefania ingressou na congregação dos beneditinos, sendo conhecida por todos como a Madre Cecília, e que faleceu em 1993.

Os três irmãos estiveram presentes na beatificação de seus pais.

A família Beltrame Quattrocchi foi conhecida por todos por sua ativa participação em muitas organizações católicas. Luigi foi um respeitado advogado, que ocupou um cargo importante dentro da política italiana. Maria trabalhou como voluntária assistindo aos etíopes durante a Segunda guerra mundial.

O agora Beato Luigi foi chamado à Casa do Pai em 1951, e a Beata Maria, sua fiel esposa, o fazia posteriormente em 1965.

A Congregação para a Causa dos Santos tratou este caso como algo especial, e com a aprovação do Papa João Paulo II, esclareceu-se o caminho para sua beatificação assim que foi reconhecido um milagre de sua intercessão.

O Prefeito desta Congregação, Cardeal José Saraiva Martins, afirmou que era impossível beatificá-los separadamente devido a que não dava para separar sua experiência de santidade, a qual foi vivida em comum e tão intimamente. "Seu extraordinário testemunho não podia permanecer escondido", enfatizou o Purpurado.

Pelo menos 40 mil pessoas assistiram à cerimônia de beatificação dos esposos, que se realizou no interior da basílica de São Pedro devido a forte chuva que desatou desde as primeiras horas da manhã. O plano original contemplava a realização da cerimônia na Praça São Pedro.

Também assistiram à cerimônia os dois filhos homens do matrimônio. Filippo e Cesare que concelebraram a Missa de beatificação com o Papa João Paulo II. A terceira, Enrichetta, estava sentada entre os peregrinos que lotaram o maior templo da cristandade.

Em sua homilia, o Santo Padre assegurou que os esposos beatos, durante mais de seus 50 anos como matrimônio souberam viver "uma vida ordinária de maneira extraordinária". "Entre as alegrias e as preocupações de uma família normal - afirmou o Papa - souberam realizar uma existência extraordinariamente rica de espiritualidade. No centro, a eucaristia diária, à que se acrescentava a devoção filial à Virgem Maria, invocada com o Terço recitado todas as noites, e a referência a sábios conselhos espirituais".

O Pontífice manifestou que os esposos "viveram à luz do Evangelho e com grande intensidade humana o amor conjugal e o serviço à vida". "Assumiram com plena responsabilidade a tarefa de colaborar com Deus na procriação, dedicando-se generosamente aos filhos para educá-los, guiá-los e orientá-los no descobrimento de seu desígnio de amor", acrescentou.

[...] "Uma autêntica família, fundada no matrimônio, é em si mesma uma 'boa notícia' para o mundo".

[...]
fonte: Acidigital