Quando eu fiz este Blog para registrar a história da imigração italiana e também sobre minha família, fiz questão de não fazer nenhum tipo de propaganda. Minha intenção não foi ter o blog apenas para minha família, mas para todos os descendentes de italianos que possam aproveitar as histórias que temos em comum, e assim poder trocar informações importantes na narrativa de nossa história Ítalo-Brasileira. Já faz anos que estou reunindo documentos e informações sobre minha família em especial, mas isso será matéria para o livro que estou escrevendo, sem qualquer pressa, há anos – esses fatos não constarão no Blog. Resgatar fragmentos históricos e reconstituí-los não é nada fácil, especialmente por que minha família se dispersou por todo o Brasil e pela Europa, e cada um levou consigo um fragmento histórico de nossa família. Esses fragmentos se completam como um enorme quebra-cabeça, e leva muito tempo para reunir todas as peças.
O que me deixou feliz foi o e-mail de um primo parabenizando-me pela iniciativa do Blog. Ele já conhecia sobre o livro, mas o blog era novidade. Disse-me que se sentia honrado com as referencias familiares e incentivou-me a continuar escrevendo.
Honra é um sentimento salutar. Causa-me alegria recordar fatos familiares, especialmente por que convivi com bisavós que eram imigrantes, e depois com meus avós que continuaram a tradição familiar, morávamos todos juntos. Esse foi o meu mundo desde minha infância até a minha juventude e maturidade.
Devemos nos honrar de nossos símbolos, de nossos Brasões familiares, de nossa história, de nossos costumes. E para justificar trago um trecho do livro “A Sociedade Orgânica e a Sociedade Totalitária” (Tipografia São Carlos Ltda – Município de Rio Negrinho, Estado de Santa Catarina – Brasil) – escrito pelo Dr. Adolpho Lindenberg, proprietário da tão conhecida Construtora Adolpho Lindenberg:
A definição clara das peculiaridades, das características, dos valores próprios – numa palavra, da “personalidade” – de cada sociedade humana, é um ponto importante da verdadeira concepção de uma sociedade católica. Todas as coisas existentes no mundo têm um significado simbólico, que exprime uma perfeição divina. Ora, os melhores símbolos das perfeições de Deus nesta Terra são os próprios homens, que foram criados à sua imagem e semelhança, e as sociedades por eles constituídas. Os agrupamentos humanos, enquanto tais, devem fazer resplandecer as perfeições divinas de que são depositários, devem cercar-se de símbolos que exprimam os seus valores peculiares. Assim os outros homens e seus próprios membros neles poderão melhor contemplar uma imagem de Deus. É portanto, para dar gloria a Deus que cada agrupamento social deve ser desejoso de manifestar abundantemente a sua “personalidade”.
O contrário deste ideal de uma justa e rica “personalização”, que tanta glória dá a Deus, está na falsa modéstia de certas pessoas, que numa compreensão errônea da humildade, só pensam em “se esconder”, deixando assim , de dar um bom exemplo que tinham obrigação de dar, e, portanto, de realizar um apostolado que a Providência delas pedia. Uma autêntica concepção de humildade, segundo a Igreja Católica, ensina que há numerosas ocasiões em que no "esconder-se" não há manifestação de humildade, mas sim de pusilanimidade, de preguiça, de covardia, ou – quem sabe? – de orgulho. Isto, que é verdadeiro para os indivíduos, também o é, mutatis mutandis, para os agrupamentos sociais.
Na Idade Média, as sociedades procuravam manifestar-se de num modo muito visível e abundante: possuíam trajes característicos, músicas, emblemas próprios; tinham, às vezes, um modo particular de se exprimir e até de falar, instalavam-se em belas sedes, festejavam os feriados e realizavam suas cerimônias. Numa emulação que, bem compreendida, só pode ser fator de ânimo e de incentivo para a virtude, cada entidade procurava sobrepujar as suas congêneres, atraindo a atenção dos espíritos, sobre seus valores próprios, suas características, suas realizações, seus feitos tantas vezes gloriosos e heróicos.
A definição clara das peculiaridades, das características, dos valores próprios – numa palavra, da “personalidade” – de cada sociedade humana, é um ponto importante da verdadeira concepção de uma sociedade católica. Todas as coisas existentes no mundo têm um significado simbólico, que exprime uma perfeição divina. Ora, os melhores símbolos das perfeições de Deus nesta Terra são os próprios homens, que foram criados à sua imagem e semelhança, e as sociedades por eles constituídas. Os agrupamentos humanos, enquanto tais, devem fazer resplandecer as perfeições divinas de que são depositários, devem cercar-se de símbolos que exprimam os seus valores peculiares. Assim os outros homens e seus próprios membros neles poderão melhor contemplar uma imagem de Deus. É portanto, para dar gloria a Deus que cada agrupamento social deve ser desejoso de manifestar abundantemente a sua “personalidade”.
O contrário deste ideal de uma justa e rica “personalização”, que tanta glória dá a Deus, está na falsa modéstia de certas pessoas, que numa compreensão errônea da humildade, só pensam em “se esconder”, deixando assim , de dar um bom exemplo que tinham obrigação de dar, e, portanto, de realizar um apostolado que a Providência delas pedia. Uma autêntica concepção de humildade, segundo a Igreja Católica, ensina que há numerosas ocasiões em que no "esconder-se" não há manifestação de humildade, mas sim de pusilanimidade, de preguiça, de covardia, ou – quem sabe? – de orgulho. Isto, que é verdadeiro para os indivíduos, também o é, mutatis mutandis, para os agrupamentos sociais.
Na Idade Média, as sociedades procuravam manifestar-se de num modo muito visível e abundante: possuíam trajes característicos, músicas, emblemas próprios; tinham, às vezes, um modo particular de se exprimir e até de falar, instalavam-se em belas sedes, festejavam os feriados e realizavam suas cerimônias. Numa emulação que, bem compreendida, só pode ser fator de ânimo e de incentivo para a virtude, cada entidade procurava sobrepujar as suas congêneres, atraindo a atenção dos espíritos, sobre seus valores próprios, suas características, suas realizações, seus feitos tantas vezes gloriosos e heróicos.
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